Numa livraria de aeroporto encontrei um livro sobre a evolução das espécies. Mais de 700 páginas. Num impulso, comprei. Depois me arrependi, afinal não é o meu tipo de leitura preferida. Prefiro história, política, biografias.
Mas, como já havia comprado, comecei a ler. E mudei radicalmente de opinião. O livro é excelente, e a forma como o autor conduz a narrativa é envolvente.O livro chama-se A Grande História da Evolução, escrito por Richard Dawkins. Eu recomendo.
A história sobre a evolução da vida é fascinante. Nós, humanos, somos recém-chegados nesta história. Temos algumas dezenas ou centenas de milhares de anos, numa história que começou há mais de 4 bilhões de anos atrás. Mas, apesar de novatos, somos cheios de soberba.
A seleção natural é imperdoável. E os corpos vão sempre sendo adaptados à necessidade de cada momento. Se o rabo é necessário, a natureza mantém o rabo. Se perde a utilidade (como no nosso caso) a natureza se encarrega de eliminá-lo. Rapidamente. Claro que em termos de evolução a expressão “rapidamente” quer dizer algumas dezenas ou centenas de milhares de anos. Um piscar de olhos para a história da evolução. Nós, que vivemos 70 ou 80 anos, mais uma vez, somos cheios de soberba, e nos achamos o supra-sumo da história.
A evolução possui um começo, há mais de 4 bilhões de ano. Mas, a partir daí, não tem fim. Nós, humanos, não somos o fim da história da evolução. Somos apenas um dos seus estágios. A evolução continua em andamento.
Para os nossos ancestrais força e destreza eram essenciais à sobrevivência. Com a civilização, perdem relevância. Por outro lado, a inteligência passa a ser um fator importante para melhor qualidade de vida. Desta forma, é possível imaginar que a continuidade da evolução dos humanos implicará numa diminuição de massa muscular, em privilégio do cérebro. Talvez em milhares de anos acabemos ficando parecidos com os ETs dos filmes – corpos pequenos e cabeças grandes. Pouca força e muito raciocínio.
Fiquei pensando sobre como será a evolução do brasileiro. Por aqui, em tempos de Lula e de PT, a característica mais importante para a sobrevivência não é nem a força nem a inteligência. É a malandragem. Como será, então, o brasileiro do futuro? Terá corpo pequeno e boca grande? Para falar bastante e enganar os demais? Então também precisará de uma caixa torácica grande, com boa capacidade de armazenamento de ar, para suportar tanta falação. Outra possibilidade é que o brasileiro do futuro tenha corpo pequeno, cabeça pequena, mas mãos grandes e dedos compridos. Para facilitar o acesso ao “pote”. Daqui um milhão de anos, quando arqueologistas estudarem esta espécie surgida no Brasil, poderão muito bem denominá-la de “homo lulensis”.
É possível que a evolução da espécie humana implique na perda total dos pêlos. Intrigados, os arqueólogos do futuro distante observarão que apenas o “homo lulensis” preservou os pêlos ... da barba. É que a seleção “natural” aqui nos trópicos terá facilitado as coisas para os puxa-sacos do Coma Andante.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
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