A Veja tem se tornado um mistério para mim. Seu site é cada vez melhor e não dá para ficar sem ler. É a verdadeira trincheira (a última?) da resistência democrática no Brasil.
Já a edição impressa, da qual sou assinante desde os anos 90, se torna, em minha opinião, irrelevante. Já escrevi aqui que antigamente tinha prazer em ler a Veja aos domingos, e atualmente apenas passo os olhos pela edição semanal, sem encontrar nada que ache relevante.
A imprensa brasileira como um todo parece ter decidido que sua função é apenas puxar o saco de Lula e noticiar irrelevâncias. Teria Veja aderido, pelo menos à parte de noticiar irrelevâncias?
Já escrevi para a Abril dizendo que minha assinatura subiu no telhado, que estou num período de avaliação para decidir se sigo sendo assinante, ou não.
A capa da edição desta semana (acima) é dedicada a Dilma. Até aí entendo, a candidatura de Dilma é um fato jornalístico relevante, até porque é a candidata única e poderia ser eleita por aclamação, como ocorre onde há apenas um candidato na disputa. Afinal, Serra nega que seja candidato. Ciro deseja ser candidato mas por enquanto Lula não deixa. E Marina ainda não mostrou a que veio.
O que me espanta é que a matéria com Dilma é bajulatória à candidata, e aí me surpreendo, afinal, a Editora Abril sabe muito bem quem é Dilma, sabe que é a candidatura chavista no Brasil.
Deixo a pergunta - até tu, Veja?
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