Como saudosista que sou, gosto tudo que me recorde o passado - músicas, filmes, séries, quadrinhos, etc.
Como leitor de quadrinhos acompanho, entre outros, uma série das revistas do Maurício de Souza que tráz mensalmente as edições antigas das suas principais revistas, algumas dos anos 70, outras dos anos 80.
As histórias antigas são comentadas por Paulo Back, um dos redatores da editora. A coisa mais comum que encontramos nos textos dele é isto: "numa historinha atual uma cena ou situação como esta não seria permitida, em função do politicamente correto".
Pode parecer uma bobagem, mas é um caso (talvez único) em que uma editora admite formalmente que seu processo criativo é pautado pela ditadura do pensamento politicamente correto.
Só chega às crianças, leitoras das histórias atuais, aquilo que a ditadura politicamente correta permite que chegue.
Uma cena em que o Bidu faz xixi na rua ou na qual Cebolinha pinta desenhos da Monica em muros não pode, o politicamente correto não permite, como afirma Paulo Back.
Contudo, sabemos que a Editora Mauricio de Souza estuda a possibilidade de criação de um personagem gay. Até já houve uma leve tentativa numa edição recente da revista da Tina. Isto pode, pois está em linha com a visão politicamente correta do mundo.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
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