Li na Veja deste domingo que, especula-se, o Irã terá sua bomba atômica em dois meses. OK, podem não ser dois meses, podem ser dois anos, mas isto não é nada em termos de tempo. O longo reinado do muçulmano El Baradei à frente na agência de energia nuclear, assegurou que o Irã pudesse desenvolver sua bomba com relativa tranqüilidade, enquanto El Baradei ia jogando fumaça nos olhos dos paspalhos americanos.
Mas como será o mundo com um Irã nuclear? Assustador, penso.
OK, o Paquistão já tem bombas atômicas, e não saiu jogando pelo mundo (aliás, só os paspalhos americanos acreditam que o Paquistão é aliado na luta contra o terrorismo, e despejam centenas de milhões de dólares por ano no país, a título de “ajuda”). Mas a situação do Paquistão é diferente, pois a relação com a Índia (também atômica) é extremamente tensa, e está sempre prestes a explodir. Desta forma, o Paquistão tende a concentrar suas forças (e bombas) para um caso de necessidade urgente de uso contra a Índia.
Já o Irã, além de não ter um inimigo na iminência de atacá-lo, sustenta movimentos terroristas. Nunca pensei que os aiatolás sairão jogando bombas atômicas sobre outros países pois, neste caso, sofreriam retaliações brutais. O que acredito é que o país facilitará o acesso de grupos terroristas a bombas atômicas, e estes sim se encarregarão de fazer uso delas. Aí os países atingidos não poderão retaliar contra o Irã, pois a imprensa ocidental estará de prontidão para dizer: “o Irã é inocente, não tem culpa de nada”.
Como será o mundo, então? Estaremos tomando um café em Times Square e, de repente, a cidade será vaporizada? Bom, parece que os paspalhos americanos não estão preocupados com isso, mas eu evitarei as grandes cidades do país a partir do momento em que estiver confirmado que os malucos conseguiram a bomba.
E se o Irã não puder fogo no mundo? Bom, estima-se em 5 anos a economia chinesa será maior do que a economia americana e isto pode até ser pior (para nós) do que o fim nuclear. Sim, porque a partir de então as regras comerciais passarão paulatinamente a ser ditadas em padrões chineses, e não tem nada a ver com o padrão ocidental de fazer negócios, com o qual nos acostumamos. Até o quase sempre equivocado FHC disse em entrevista ontem: “talvez a gente sinta falta dos Estados Unidos”, mas logo em seguida retornou ao equívoco afirmando: “mas acho que não sentiremos não”.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
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