Da coluna do Sardemberg, no Estado de São Paulo:
"Eis algumas histórias de que tomei conhecimento nos últimos dias:
o advogado Eduardo Fleury, de São Paulo, estava numa conference call com clientes de uma empresa americana, preparando novos investimentos no Brasil. Estavam quebrando a cabeça para descobrir como superar as variadas barreiras burocráticas. Após algumas horas de conversa, o CFO americano comenta: "Mas será que vale a pena isso tudo?";
o diretor de uma empresa industrial alemã conversa com possíveis parceiros numa fábrica em São Paulo: "Mas por essas contas, o custo de produção no Brasil é 30% maior que na Alemanha. É isso mesmo?";
de um executivo francês que trabalha no Brasil e tem família em Santos: "Pelo telefone fixo, é mais caro falar de Santos para São Paulo do que de Paris para São Paulo. Como pode?";
de outro: "O Brasil tem tudo para produzir energia - rios, quedas d"água, ventos, petróleo, biocombustíveis e até minério de urânio. E tem também a energia mais cara do mundo. Como pode?";
um operador do JP Morgan, nos EUA, comentando com brasileiros: "O Brasil tem prazo de validade, vai até a Copa. Depois, todo mundo vai rever investimentos"."
Comento: o título do post é "uma fraude chamada Brasil" porque Lula, o PT e a mídia criaram a ilusão de que o país era a bola da vez (no bom sentido), sem que tenhamos obtido condições estruturais de sustentar um período de crescimento econômico.
Pelo teor da coluna do Sardemberg, a ficha dos tais investidores internacionais começa a cair. Mas a ficha deles sempre cai em câmera lenta, tanto que já apostaram em fraudes tão grandes, ou maiores, que a nossa.
Mas para nós, brasileiros, que temos que trabalhar e viver daqui, a perspectiva não é boa. Nosso país trabalha diariamente para se invabilizar: seja pela atuação do governo, seja pela criação de leis estúpidas, seja pela pressão salarial do funcionalismo público, seja pela falta de formação de mão de obra, seja pela destruição da educação, seja por ... bem, poderia me estender por centenas de linhas, mas não é necessário. O fato é que nuvens negras pairam sobre nosso horizonte. A menos que sejamos a primeira nação do mundo a se desenvolver apostando contra todos os fatores que sustentam o desenvolvimento.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
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