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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Que país é esse? 2

O Brasil é mesmo um caso único, em diversos aspectos. Não somos únicos em excentricidades. A diferença é que em alguns países o resultado da salada genética gerou excentricidades para o bem (disposição para o trabalho, para empreender, para inovar), enquanto em terras tupiniquins as excentricidades geradas foram para o mal. Bem, pelo menos sob o ponto de vista de quem está do lado errado da equação (nós).

Vejamos alguns casos surrealistas e, possivelmente, sem precedentes universais.

Sérgio Cabral

É o maluquinho que governa o Rio de Janeiro, o estado onde todo ano morre muita gente entre dezembro e fevereiro, vítimas dos desabamentos das encostas. Governo após governo, ninguém faz nada para resolver o problema. Mas Cabral inovou, neste período de catástrofes no estado que governa ele passa férias no exterior. Críticas? Nenhuma, Cabral é considerado um “sujeito bacana” pela mídia, e recebeu um habeas corpus preventivo midiático.

Mas Cabral foi além – faz à luz do dia aquilo que antecessores faziam na calada da noite – mantém uma relação extremamente aberta de troca de favores com amigos endinheirados. Tudo estaria certa se uma ponta dos favores não fosse paga com dinheiro público. Críticas? Nenhuma, o habeas corpus preventivo está aí para garantir a intocabilidade de Cabral.

E os desdentados, condenados a viver sem viver, e convocados a vestir a fantasia de eleitores a cada dois anos? Nem sabem quem é Sergio Cabral, e pensam que Rio de Janeiro é apenas um lugar de ficção que aparece nas novelas.

Supremo Tribunal Federal

É o colegiado formado por 11 velhinhos maluquinhos com idade mental na faixa dos 17 anos. Talvez o Brasil seja o único caso onde a mais alta corte do país é composta por figuras que não seriam aceitas para trabalhar nem em bancas de advocacia de nível médio.

E os desdentados, condenados a viver sem viver, e convocados a vestir a fantasia de eleitores a cada dois anos? Não sabem a diferença entre o STF e uma caverna de morcegos.

Forças armadas

No Brasil as forças armadas são de faz de conta. Sem dinheiro, sem equipamento, sem tropa, sem munição, sem hierarquia, sem vergonha na cara, sem nada, teriam dificuldades de fazer frente até a uma eventual invasão boliviana. Inúteis passam seus dias a distribuir medalhas a gente que não mercê. E o país segue pagando a conta, sem questionar.

Num orçamento que não possui dinheiro sequer para pagar a comida dos recrutas, o tal ministério da defesa acaba de torrar 1 bilhão e 300 milhões para organizar no Brasil os jogos olímpicos militares.

E os desdentados, condenados a viver sem viver, e convocados a vestir a fantasia de eleitores a cada dois anos? Pensam que militar é apenas aquele lugar onde vão se abastecer de fuzis (de baixa qualidade) quando falta armamento no morro.

BNDES

Símbolo máximo da concentração de renda no país dos progressistas, onde capta recursos no mercado a 12% ao ano, e repassa a empresários companheiros e 6%, deixando a diferença por conta dos impostos dos desdentados.

Fale-se agora que irá entregar alguns bilhões ao companheiro Abílio Diniz (aquele mesmo que em 2010 reunia milionários para convencê-los a votar em Dilma), para aplicar nas suas negociações com o Carrefour.

E os desdentados, condenados a viver sem viver, e convocados a vestir a fantasia de eleitores a cada dois anos? “BN o quê?”

Roubalheira pública

Não satisfeito em roubar às claras, o governo agora quer que a roubalheira das obras da copa e das olimpíadas seja sigilosa. Talvez estejam com medo de serem seqüestrados se a malta ficar sabendo o tamanho da grana. Roubalheira pública protegida por sigilo, aliás, não é novidade. Desde o governo Lula os gastos milionários dos cartões corporativos dos chefões já é sigiloso.

E os desdentados, condenados a viver sem viver, e convocados a vestir a fantasia de eleitores a cada dois anos? “Votamos em quem o Lula mandar votar.”

Brasil Maranhão

Sarney, o cara que manda no Maranhão há quase 5 décadas, garantiu que durante este período todo o estado permanecesse entre os últimos em renda, educação, produção, saúde pública, saneamento, dignidade humana, etc., e entre os primeiros em miséria e violência. Tudo para enriquecimento próprio e de sua família.
Com um “case” desses na sua biografia, Sarney é hoje quem dá as cartas na república progressista.

E os desdentados, condenados a viver sem viver, e convocados a vestir a fantasia de eleitores a cada dois anos? Pensam que Sarney é apenas uma estátua de Brasília.

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