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sexta-feira, 24 de junho de 2011

A última guerra justa

Ontem assisti ao filme A Conquista da Honra, de Clint Eastwood. É um filme muito bom, apesar de não ser um “épico”, como está escrito na embalagem do DVD. O filme foi baseado no livro Flags of Our Fathers, escrito pelo filho de um dos personagens retratados na história.

Na seção de bônus do disco há comentários, incluindo comentários do autor do livro. Ele fala algo na seguinte linha: “a segunda guerra mundial foi a última guerra em que sabíamos porque estávamos lutando, em que sabíamos que estávamos do lado certo, e sabíamos porque o inimigo precisava ser derrotado.”

Ele está certo. Mas a segunda guerra mundial foi a única guerra pós-comunismo em que americanos e comunistas lutaram ao mesmo lado, tornando fácil o trabalho da imprensa comunista – concentrar suas baterias no inimigo comum. Por isso as coisas ficavam tão claras para a população americana.

As guerras seguintes foram contra comunistas (Coréia e Vietnã) ou contra o terrorismo islâmico (considerado pelos comunistas como aliado estratégico). Desta forma, a imprensa americana (e a ocidental, de maneira geral), fartamente infiltrada por comunistas em todos os seus escalões, passou a ver os heróis do lado de lá da trincheira, enxergando do lado de cá apenas maldades, imperialismo, atrocidades, etc.

A população americana, assim como as populações dos demais países ocidentais, não desfruta de nenhuma espécie de brilhantismo nato. Na média são bastante ignorantes, limitando suas fontes de informação ao que a imprensa diz. Assim, formou-se um conflito permanente entre o seu instinto de sobrevivência e o que vê no noticiário.

Quando os Estados Unidos entram em guerra prevalece, no primeiro momento, o instinto de sobrevivência da população, e há um razoável apoio à ação militar. Contudo, à medida em que as guerras vão se estendendo, o trabalho da imprensa começa a dar resultado, e a população vai retirando seu apoio, fazendo com que os políticos que ocupam cargos de decisão tenham que se apressar em retirar as tropas do combate, para não perderem votos. Isto impede que os Estados Unidos vençam guerras, apesar do seu avassalador poderio militar.

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