"As Nações Unidas são uma vila potemkin apoiada nos exércitos dos Estados Unidos e da Europa. Se os Estados Unidos caírem, o aconchego de seu arranha-céus modernista em Turtle Bay cairá junto. Os Estados Unidos se baseiam na formação de um consenso de apoio para a política americana ou na formação de um consenso de oposição para contê-la. Mas, de um modo ou do outro, ele funciona em resposta a uma potência mundial. Não tem força própria.
Os utopistas idealizam um mundo administrado por leis internacionais. Um sem-número de acordos sobre direitos humanos foram assinados pelos piores infratores, sem que nenhuma mundança interna ocorresse. E por que deveriam? A "comunidade internacional" tem apenas dois grandes mecanismos coercitivos, as sanções comerciais e a invasão armada. As primeiras acionam o poder econômico ocidental, a segunda aciona o poder militar ocidental. Retire o Ocidente e mesmo estes limitados mecanismos coercitivos se acabam.
Não é que o Paquistão, a China e a Rússia não pudessem concordar a respeito de um conjunto de sanções ou enviar seus próprios soldados como capacetes azuis da ONU. Mas seu objetivo não seria a manutenção da paz, seria a colonização. Retire o Ocidente e a atual fachada das leis internacionais seria reduzida a campanhas ativas e reativas por Espaço Vital, realizadas por potências mundiais em salas de conferência. Uma nova era de colonização ocorreria sob a bandeira azul da ONU e com a sanção das leis internacionais. E seu Conselho de Segurança se tornaria uma aliança frouxa de hegemonias rivais, a chinesa, a russa, a islâmica, a bolivariana, trocando territórios pelas tropas "de paz" umas das outras. A ONU viraria por fim um pacto Hitler-Stálin. E todo mundo mais seria a Polônia.
Esta é a face do mundo pós-americano. Ou a construção de impérios ou uma nova idade das trevas. Ou os dois. Pode escolher."
sábado, 11 de junho de 2011
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