Passei agora há pouco pela frente da universidade federal. Na porta, uma faixa: “estamos em greve”.
Quando retornava do almoço tive que parar na calçada para esperar que os grevistas da prefeitura passassem em passeata.
O serviço público provoca um fenômeno interessante nas pessoas – muitos brasileiros sonham em ser funcionários públicos, para (sem hipocrisia) ganhar bem e trabalhar pouco. Contudo, tão logo assumem o cargo passam a achar que o salário, que parecia muito, é pouco, e tome greve.
Os funcionários públicos não podem ser punidos, não podem ser demitidos. Então, não há instrumento de inibição à greve. Na outra ponta da mesa, representando o empregador, senta um político. Para quê o político da vez vai comprar briga com os sindicatos? O dinheiro não é dele, ele não estará mais na ativa quando a bomba relógio do gasto público explodir e, principalmente, como político ele tem que estar bem com todo mundo, sem criar inimizades.
Então, o político da vez acaba cedendo, e manda a conta para nós. E tudo aparentemente volta ao normal, mas só aparentemente, pois logo os funcionários públicos marcharão novamente nas ruas em busca de “condições de trabalho mais dignas”...
E assim vai-se, dia após dia, colocando TNT na bomba relógio do gasto público. Todos, funcionários e políticos, sabem que ela vai explodir, mais cedo ou mais tarde. Só esoeram que ela exploda quando já estiverem aposentados, nas mãos de outros.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
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