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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Do Augusto Nunes

"No mês seguinte, o governador Alberto Goldman resolveu deixar claro que ainda existem políticos altivos. Numa reunião no Palácio dos Bandeirantes, Goldeman disse a Ricardo Teixeira e ao ministro Orlando Silva, em agosto de 2010, o que os dois comparsas mereciam ouvir havia muito tempo: se não aceitassem o Morumbi reformado, que transferissem o jogo de abertura para outra freguesia. “Existem prioridades bem mais relevantes a atender”, resumiu Goldman. A seu lado, Gilberto Kassab concordou. O governo e a prefeitura, avisaram os anfitriões, seguiriam investindo em obras de infra-estrutura. Mas não gastariam um centavo com campos de futebol.

Ao mudar de partido, Kassab mudou também de ideia. Nesta quarta-feira, os vereadores autorizaram o prefeito a enterrar no Itaquerão R$420 milhões. Em burocratês, o nome da esperteza é “isenção fiscal”. Podem chamá-la de “desperdício oportunista do dinheiro dos outros” que ela atende. Ansioso por aderir à aliança governista, Kassab está cada vez mais parecido com os parceiros. Talvez consiga ver o começo da Copa no Itaquerão. Mas talvez veja antes disso o fim da carreira. Brasileiros já não se espantam com políticos que traem. Mas bancar a conta da traição parece excessivo até para os padrões da Era da Mediocridade.

O prefeito perdulário acha que terá os votos de todos os integrantes da Fiel. Os torcedores logo vão descobrir que a gastança é financiada pelos impostos que pagam. O dinheiro para o Itaquerão sairá também dos bolsos dos corintianos."

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