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terça-feira, 12 de julho de 2011

Os últimos dias de pompéia

Seguem alguns fragmentos da entrevista de Luiz Felipe Pondé na Veja desta semana. Poderiam ser interpretados como instantâneos de uma sociedade decadente, mas ignorante do destino cataclísmico que lhe aguarda.

“Filhos são um tema recorrente (nos jantares inteligentes). Todos falam de como seus filhos são diferentes dos outros porque freqüentam uma escola que cobra 2.000 reais por mês mas é de esquerda e estuda a sério o inviável modelo cubano. Ou dizem que a filha já tem consciência ambiental e trabalha numa ONG que ajuda as crianças da África. Também se fala sempre de algum filme chatíssimo de que todos fingem ter gostado para mostrar como têm repertório.”

“Simetricamente, hoje é um escândalo dizer que as mulheres antecipadas e donas do seu nariz estão mesmo é loucas de solidão. No jantar inteligente, você sempre tem que dizer que a emancipação feminina não criou problemas para as mulheres.”

“Hoje, todo mundo diz que tem um desempenho (sexual) maravilhoso, e que vive uma relação de troca plena com seu parceiro ou parceira. Eu considero a revolução sexual um dos maiores engodos da história recente. Criou uma dimensão de indústria, no sentido de quantidade, das relações sexuais – mas na maioria elas são muito ruins.”

“A gente teve ditadura no Brasil. Mas, quando ela acabou, a esquerda estava em sua plenitude. Tomou conta das universidades, dos institutos culturais, das redações de jornal.”

“(na universidade) Há muito corporativismo e a tendência geral é excluir, por manobras institucionais, aqueles que não se identificam com a esquerda.”

“O grupo, como a história do século XX nos mostrou, é sempre opressivo.”

“(na esquerda) As pessoas se autointitulam santas e ficam indignadas com o mal do outro.”

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