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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Afagos no bobão

Já falei aqui sobre minha implicância com FHC. Acho FHC um homem com uma vaidade monumental, e, como todo o vaidoso, fácil de manipular.

O governo petista está perdido, acuado pelos aliados insaciáveis, sem rumo, sem projeto, ameaçado pela inflação, sem saber o que fazer, para onde ir. Houvésse oposiçao no Brasil, e este seria o momento de voar na garganta do partido governista.

Sim, sabemos que não há oposição no Brasil, mas diante de tanta incompetência governista, até os incompetentes oposicionistas do PSDB poderiam fazer algum barulho. Então, Dilma lança alguns afagos na direção de FHC, acaricia o seu ego, e pronto. O doutor em sociologia fica todo bobo, como um cachorro cuja barriga é acariciada. Só falta abanar o rabinho.

Isto depois de apanhar implcavelmente do petismo durante 18 anos (desde que foi nomeado ministro da fazenda).

O bobo FHC pode até acreditar nos afagos petistas. Mas tais afagos são apenas para isso, para iludir bobos. Vejam a notícia do site da Veja:

"No Museu da República, instalado no Rio de Janeiro no histórico Palácio do Catete, uma exposição que pretende contar a história da república brasileira apresenta Fernando Henrique como um presidente que se aproveitou eleitoreiramente do Plano Real, promoveu privatizações que “venderam o Brasil” e conseguiu sua reeleição comprando votos de deputado e senadores no Congresso Nacional. O ex-presidente Lula, ao contrário, tem sua trajetória acompanhada desde o regime militar, como o líder operário que resistiu à ditadura, enfrentou a repressão e perdeu três eleições, até conseguir chegar à presidência, lugar que lhe era destinado."

"A concepção geral da mostra, que tem curadoria da historiadora Maria Helena Versiani, é bem tradicional. Em todas as salas, a ideia é a mesma. Textos curtos estampados nas paredes, muitas fotos, alguns objetos e poucos comentários. O início da parte dedicada à República Cidadã, que ocupa duas salas, não é muito diferente. A narrativa, linear, passa por Tancredo Neves, José Sarney, Ulysses Guimarães e a Constituição de 1988, e uma pincelada na força dos movimentos sociais, sintetizados em um cartaz da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) pedindo pela reforma agrária. Na última, a coisa muda de figura. Só dá Lula, e Fernando Henrique merece textos como o que se segue: “Em 1998, Fernando Henrique é reeleito em um processo marcado por denúncias de favorecimento político em troca de apoio. Consolidou-se um projeto de redução do papel do Estado na economia, que envolveu privatização de várias empresas.”

Bem diferente do tom da apresentação do governo Lula. “O candidato do PT, ex-metalúrgico e líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva venceu as eleições presidenciais em 2002 e 2006, a partir da articulação de uma aliança que reunia extremos da política. Seu governo vem obtendo bons indicadores nas áreas econômica e social, com destaque para a erradicação da fome no Brasil. Não obstante, a sua gestão foi, em mais de um momento, associada a escândalos de corrupção”.

Mais do que as palavras, no entanto, o que marca a diferença de tratamento entre FH e Lula é a iconografia. O período de 1994 a 2002 é ilustrado por fotos burocráticas e charges contrárias à privatização. “Se privatizar, o Brasil vai rachar”, diz uma. Em outra, alguém diz a FH: “Presidente, não consigo achar o Brasil”. Ele responde: “Claro que não... Eu vendi”.

Enquanto isso, o louvor a Lula aparece na foto da grávida que escreveu na barriga “Lula eu te amo”, em uma pequena garrafa na qual um artesão nordestino desenhou com areia a imagem de Lula e de Mariza Letícia e escreveu: “Luiz Inácio Lula da Silva, a nação brasileira te ama.” Penduradas no teto, bandeiras do PT, do PDT, do PCdoB, do PMDB, do Movimento dos Sem Terra e da Força Sindical coroam a euforia lulista da República Cidadã.

A exposição está programada para ocupar o terceiro andar do museu por mais, pelo menos, cinco anos. A diretora da instituição, Magaly Cabral, que além das credenciais profissionais exibe a de mãe do governador Sérgio Cabral, diz que não percebeu qualquer desequilíbrio no tratamento dispensado a FH e Lula."

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