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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Fracos

Com três anos de blog, com publicação de textos praticamente todos os dias, quase sem interrupção, é inevitável que algumas idéias acabem se repetindo em mais de um texto.

Por exemplo, já escrevi que sou torcedor do Internacional, mas admiro o Grêmio por nunca se entregar, mesmo nas derrotas, mesmo nos piores momentos, enquanto meu time muitas vezes já entra em campo derrotado, pela simples ausência da vontade de vencer, mesmo no auge. Mesmo assim, sigo sendo Colorado, e desejando ao Grêmio a maior quantidade possível de fracassos...

O mesmo vale para os confrontos entre esquerdistas X não esquerdistas. Os esquerdistas sempre são firmes em suas idéias, mesmo quando derrotados. Já os não esquerdistas são sempre fracos, desunidos, adoram fazer um acordo, e “ceder sempre” é seu lema.

Vejamos um exemplo – o caso Battisti. Pelos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, o terrorista deveria ser extraditado, e pronto. Mas Battisti é um assassino comunista, e os comunistas são os donos do poder no Brasil. Então é óbvio que fariam tudo, inclusive rasgar leis e tratados, para proteger o companheiro homicida, mesmo com pressão internacional contrária. Assim é o esquerdismo. Como reação a Itália ameaçou proibir seus militares de participarem dos jogos mundiais militares no Brasil. O Brasil não perderia nada com a não participação dos Italianos, mas seria ao menos uma reação simbólica para aqueles que não concordam com a utilização do país como abrigo de terrorista. Mas que nada, a Itália já voltou atrás e seus militares participarão normalmente dos jogos.

Agora imaginem uma situação diferente. Imaginem, por exemplo, que Delúbio Soares, em viagem pela Itália, fosse preso, e que o governo italiano se recusasse a devolvê-lo ao Brasil, onde seria recebido como herói nacional. Haveria alguma hipótese de o governo brasileiro permitir a participação da nossa delegação em jogos militares realizados na Itália? Nenhuma.

Agora os empresários, e estes me irritam sobremaneira, porque estão sempre prontos a ceder, a entregar território, a fazer acordo com o inimigo. Uma empresa que eu conheço criou um programa de participação nos lucros para os empregados. O programa, bastante generoso, foi negociado e aprovado unanimemente pelos empregados. Mas, pela lei, este tipo de programa deve ser aprovado também pelo sindicato da categoria. Pois bem, o sindicato se recusou a aprovar, exigindo que algumas cláusulas fossem alteradas para que o programa se tornasse mais generoso do que já era. Tentou-se uma negociação, mas o sindicato foi irredutível. O que eu faria se estivesse no papel de empresário? Reuniria os empregados e comunicaria o seguinte: “lembram daquele plano de participação que todos aprovaram? Pois bem, acaba de ir par ao lixo, não vai mais existir, e a culpa é da irracionalidade do sindicato que representa vocês. Desta forma, caso alguém se sinta injustiçado ou prejudicado, vá reclamar com o sindicato.” Mas não, referidos empresários simplesmente aceitaram a imposição do sindicato. Isto foi no primeiro ano, e o sindicato já pode conferir a fraqueza do lado patronal. Como esses programas são anuais, imaginem quais serão as exigências a partir do próximo ano, serão sempre crescentes, até, quem sabe, inviabilizar a empresa.

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