Mundo de ignorantes

No meu perfil aqui no blog eu me descrevo com precisão - sou um chato.

Hoje pela manhã fui comprar uns materiais para minha empresa, numa das maiores lojas aqui da cidade. Na hora de fazer o cadastro, o vendedor digitou "consultores" com "m". Escreveu a palavra duas vezes, ambas com "m" no lugar do "n". Em vez de ficar quieto, não resisti e comecei a explicar a regra de colocação de "m" e "n", sendo que a reação do vendedor foi me olhar com cara de quem está pensando: "de que hospício fugiu este aí?".

Aí desci para pagar a conta. R$5.500 à vista, com cheque. O material vai ser entregue para mim só no dia 9/10, e o dinheiro da compensação do cheque vai estar disponível na conta da loja dia 6/10. Feito o cheque, a mocinha do caixa falou: "tenho que ir consultar". Fiz um esforço e consegui ficar quieto. Mas, como passaram mais de 10 minutos, fui ver o que estava acontecendo. O sistema de consulta de cheque estava lento, e lá estava uma moça com crachá de "supervisora". Aí eu não aguentei mais e falei: "moça, o dinheiro da compensação do cheque vai estar disponível para a loja dia 6, enquanto que eu só vou receber o produto dia 9 (se cumprirem o prazo de entrega), de forma que nesta operação sou eu que estou concedendo crédito para a loja, ou seja, se alguém tem que consultar alguma coisa por segurança, sou eu". Aí a tal supervisora tentou explicar, mas não havia explicação. Por fim, ela abriu o sorriso irônico de quem está falando com um ignorante e deu o argumento definitivo: "são as regras da loja". Mas eu não me dei por vencido: "as regras devem ser aplicadas em conjunto com a inteligência. Anos atrás a regra para nós era morarmos em árvores, se nos limitássemos a seguir regras sem pensar estaríamos lá até hoje." Bom, depois disso já estavam chamando a segurança da loja...

Ao final minha mulher disse que a partir da próxima compra eu fico dentro do carro...

Lembrei de um desenho dos Simpsons que vi esta semana. Homer faz uma cirurgia e fica inteligente, mas a partir daí ele passa a ser excluído de todos os grupos - trabalho, amigos, etc. Até que ele não resiste e pede para reverter o efeito da cirurgia, volta a ser burro e cai nos braços da galera.