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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Cotas

Convivo cotidianamente com empresários há 20 anos. Muitos são exemplos admiráveis de pessoas que construiram negócios a partir do nada. Outros, são apenas bons atores na grande peça de teatro chamada "mundo corporativo".

Mas um ponto é quase unânime entre os empresários: sua incapacidade de entender a esquerda, de entender como a esquerda age, e de compreender a ameaça que a esquerda representa.

Alguns dias atrás li a notícia que o Ministério Público estava questionando os organizadores do São Paulo Fashion Week sobre a pouca presença de negros entre os modelos do evento.

Ora, não há (ainda...) lei que determine cotas para negros em eventos promovidos pela iniciativa privada, então bastaria aos organizadores do SPFW dizer: "não estamos descumprindo lei nenhuma, o processo de escolha de modelos é de nossa alçada, e o Ministério Público não tem nada a ver com isto".

Mas empresário não pensa assim. Ontem li que a organizãção do SPFW celebrou um acordo como o MP estabelecendo uma cota de 10% para negros no evento.

Tenho certeza que ontem à noite estes empresários comemoraram o acordo com uísque, por terem "se livrado desses chatos".

Tolinhos.

Primeiro, criaram um precedente para todos os organizadores de desfiles no Brasil. Se o maior evento do Brasil aceita a cota, como poderão os demais recusá-la? então, a partir de agora, a escolha de modelos no Brasil não se dará em função de talento, de disponibilidade e de cachê, mas, sim, em função da cor da pele.

Segundo, e mais importante, esses idiotas não sabem como age a esquerda - no ano que vem o Ministério Público vai dizer que 10% é pouco, e vão fazer outro acordo ajustando para 20%, e assim por diante, até que 200% das vagas disponíveis no evento estejam dominadas por cotas.

O mesmo acontece quando o governo petista cria regras tributárias e/ou burocráticas apenas para inviabilizar a atividade de empresas, e os empresários, ao invés de enfrentarem a nova lei, preferem resolver com "um contato dentro do órgão público". Pensam estar preservando seus negócios, quando na verdade estão permitindo a destruição do ambiente de negócios do Brasil, onde sua empresa está inserida.

Bom, mas como o assunto do texto é cota para minoria - vou propor ao Congresso Brasileiro cotas para direitistas. Eu, como direitista, já sou candidato a uma vaga qualquer no regime de cotas...

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