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segunda-feira, 25 de maio de 2009

A professorinha

A sociedade contemporânea, não só a brasileira, é uma sociedade vazia, desprovida de valores, que vive basicamente em função de futilidades e inutilidades.

Nas sociedades mais antigas a opinião que importava era a dos mais velhos. Sempre que alguma decisão importante precisava ser tomada pela tribo, ouvia-se os mais velhos.

Na sociedade contemporânea os mais velhos foram substituídos pelas celebridades. Temos que ouvir opinião de celebridade sobre tudo. No caso brasileiro, além das celebridades, temos que saber também o que os petistas pensam sobre tudo.

Basta uma menina qualquer se destacar como modelo, por exemplo, e pronto, já vamos ter que saber o que ela pensa sobre todos os aspectos da vida. E tome "opinião" de Fernanda Lima, Susana Vieira, Daniela Cicarelli, Adriane Galisteu.

Parece que este processo de imbecilidade coletiva se realimenta...produzindo mais imbecilidade.

Já pessoas preparadas, com formação e experiência em suas áreas, passam longe da mídia. Não são celebridades. Suas opiniões não interessam. Quando aparece um "especialista" no ar é apenas para dizer o que a produção quer que ele/ela diga.

Susana Vieira me parece uma vítima deste processo (embora talvez nem ela mesma saiba disto). É obrigada a conduzir sua vida de forma a produzir notícias permanentes, sempre em linha com a "personagem" Susana que a imprensa criou para consumo público. Susana deixou de ter vontade própria há muito tempo, age sempre de acordo com o que é esperado da personagem.

Semana passada ela cometeu um ato falho - entrevistada por uma reporter iniciante no Video Show, ela arrancou o microfone da mão da repórter e falou "não tenho paciência com quem está começando".

Nada mais inverídico que isto, pois sua sucessão de casos e "affairs" demonstra justamente que Susana gosta muito de quem está começando. Deve ter a paciência de uma professorinha.

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