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quinta-feira, 14 de maio de 2009

O mundo que se exploda

Em um mundo construído sobre hipocrisia, imagina a gritaria global que ocorreria se o governo Americano soltasse um texto assim:

"A disputa pelo controle de recursos energéticos no Ártico pode motivar uma guerra dentro dos próximos dez anos, afirmou o Kremlin na quarta-feira. A estimativa partiu de um relatório sobre a nova estratégia de segurança na Rússia e sugere que o país está disposto a usar a força para defender seus interesses.
"A presença e a potencial escalada de conflitos armados perto das fronteiras nacionais da Rússia e acordos pendentes entre a Rússia e diversas nações vizinhas são grandes ameaças aos interesses russos e à segurança na fronteira", diz o texto, elaborado pelo Conselho de Segurança russo - que inclui o premiê Vladimir Putin - e aprovado pelo presidente Dimitri Medvedev.
O documento continua: "Em uma competição por recursos, não pode ser descartado o uso da força militar na resolução de problemas emergentes que destroem o equilíbrio das forças perto das fronteiras da Rússia e de seus aliados". Não foi dado nome aos adversários em potencial, mas sabe-se que a Rússia divide parte da fronteira marítima com China e Estados Unidos.
Entre as outras prováveis áreas de tensão na luta por fontes de energia, o Conselho de Segurança russo também citou o Oriente Médio, o Mar Cáspio, a Ásia Central e o Mar de Barents, situado no norte da Noruega e da Rússia. O relatório ainda afirma: "A atenção na política internacional em uma perspectiva a longo prazo irá se concentrar na aquisição de recursos energéticos". "

A imprensa do mundo inteiro, incluindo a Americana, cairia de pau, a ONU se manifestaria, a União Européia criticaria, movimentos de direitos humanos iriam para as ruas, Lula e Celso Amorim se mostrariam "escandalizados", Chavez faria um discurso de 10h, ONGs entrariam em ação, "pacifistas" sairiam quebrando tudo pelo caminho, estudantes se rebelariam, ufa...

Mas como quem admite a possibilidade de por fogo no mundo é a Russia, não os EUA, a coisa não tem importância, passa desapercebida.

O mundo que se exploda, importante é atacar "us americanu".

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