Historicamente, polêmicas são pessoas que vão contra o senso comum e, consequentemente, geram polêmica em cima do que dizem ou escrevem.
No Brasil conseguimos subverter este conceito. Aqui, "polêmico" é justamente quem diz o óbvio, quem chama as coisas pelo que elas são.
Se alguém chama ladrão de ladrão, trata-se de um polêmico.
Se alguém chama corrupto de corrupto, trata-se de um polêmico.
Se alguém chama comunista de comunista, trata-se de um polêmico.
Para não ser polêmico no Brasil é preciso rezar pela cartilha do discurso politicamente correto e pela novilíngua petista.
Integrantes do MST executam pessoas com tiro na nuca? Para o polêmico trata-se de assassinato e bandidagem. Para o politicamente correto trata-se de "maior ênfase do movimento em suas ações".
TSE tira o cargo de quem foi eleito e entrega a quem perdeu a eleição? Para o polêmico trata-se de falcatrua no tapetão. Para o politicamente correto trata-se de "solução democrática de menor extensão".
Deputados gastam a cota de passagem para levar amante ao exterior com dinheiro público? Para o polêmico trata-se de roubo. Para o politicamente correto trata-se de "prática enraizada no legislativo brasileiro há várias decádas, e não há nada grave nisto".
Governo muda a regra do jogo e reduz a remuneração da poupança? Para o polêmico trata-se de safadeza. Para o politicamente correto trata-se de "modificações necessárias para proteger o poupador".
O Brasil é um país tão errado que por aqui o óbvio é polêmico.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário