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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Princípio Dilbert da administração pública

Um tia minha criou três netos, em função do falecimento precoce da mãe dêles. Um desses três revelou-se uma negação. Só se dedica a festas e mulheres. Abandonou os estudos muito cedo. Seu recorde de permanência em um emprego é de 30 dias. Deu errado em tudo o que tentou.

Minha tia é uma pessoa relativamente popular na região em que mora, no interior do estado, em função de ter se dedicado a atividades de caridade durante muitos anos.

Na última vez que nos encontramos, minha tia confessou com toda a sinceridade e naturalidade: "desisti do fulano, não dá para nada, vou fazê-lo vereador na próxima eleição".

Ou seja, os cargos públicos seriam para ser ocupados por aqueles que foram "desistidos" pela sociedade. Deve ser por isso que nossos legislativos e executivos foram entregues à incompetência e à bandidagem. Inconscientemente, a sociedade Brasileira deve pensar como minha tia. Pessoas boas, competentes e honestas são necessárias aqui, do lado produtivo da vida. Incompetentes e corruptos são encostados no governo.

Uma espécie de "princípio Dilbert" da administração pública.

O estado do Paraná está sob o impacto de um acidente de trânsito que deixou duas vítimas fatais, sendo o causador da trajédia um jovem deputado estadual, que dirigia a mais de 150 Km por hora, com carteira suspensa há 1 ano.

As engrenagens do poder e do judiciário já começam a se mover para absolver o deputado.

O deputado em questão é um jovem (menos de trinta anos), sem experiência profissional, que chegou ao cargo de deputado em função de seu pai ser prefeito de uma importante cidade do interior.

Será que este prefeito pensou como minha tia?

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