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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Um pouco de Honduras e de Sarney

Reinaldo Azevedo tem sido a única fonte de informações fidedignas a respeito do que ocorre em Honduras. Através dele, cheguei ao site do jornal hondurenho El Heraldo, e lá é possível colher um pouco mais de verdade. O comportamento da imprensa brasileira neste caso, e da imprensa mundial naquilo que chega até nós, é assustador, pois revela o grau de comprometimento desses órgãos com a "revolução bolivariana". Acredito que antes do caso Honduras, ninguém imaginava que a penetração bolivariana na imprensa planetária fosse tão grande.

Chavez e outros líderes bolivarianos agem abertamente para desestabilizar o governo Hondurenho, inclusive incitando ações armadas naquele país. Isto ocorre perante o silêncio absoluto dos governantes de todos os demais países do mundo. Também é um caso único na história, pois sempre qualquer ação neste sentido recebe um bombardeio de críticas e reações. Assustador, pois demonstra o comprometimento das lideranças mundias com a "revolução bolivariana". Nenhum governante mundial ousa, ou não quer mesmo, criticar as ações de Chavez. Chavez parece ter aquilo que nunca nenhum tirano conseguiu - uma carta-branca do resto dos governos para cometer suas loucuras. Stalin, Hitler, Mao, Fidel invejariam este grau de unanimidade obtido por Chavez.

Por aqui:

Por aqui e imprensa parece perdida em reação ao caso Sarney. Ainda pipocam denúncias, mas não da forma avassaladora que acontecia até duas semanas atrás. Eu já havia identificado o fenômeno antes dele se materializar, e escrevi aqui sobre isto. Lula defendia Sarney em público, mas deixava a imprensa agir à vontade, para colocar Sarney contra as cordas. Quando o processo de denúncias atingiu o ponto que Lula considerava satisfatório, o Planalto deu a ordem para a imprensa calar a boca. Isto faz umas duas semanas. Só que as denúncias não cessaram instantaneamente, estamos num efeito inercial, de desaceleração. Imagino que os "jornalistas", nas redações, estão um pouco perdidos em relação ao caso Sarney. Em contatos com o PT perguntam: "chefe, mas sarney não foi sempre o nosso inimigo, a orientação não foi sempre para atacar Sarney?". Assim, a ordem do Planalto, para calar a boca, vai sendo cumprida aos poucos, mas será cumprida. É possível que em mais duas ou três semanas a imprensa comece a comparar Sarney com Jesus Cristo em termos de bondade, caridade, desprendimento. Sarney será o segundo homem na hierarquia da imprensa, perdendo apenas para o próprio Deus - Lula.

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