"Na Europa Central oitocentista, intelectuais e poetas tinham adquirido o hábito e a responsabilidade de falar em nome da nção. Sob o comunismo, seu papel era diferente. Enquanto no passado haviam representado um "povo" abstrato, eles eram agora pouco mais do que porta-vozes culturais de tiranos (concretos). Pior, em breve seriam alvos - na condição de cosmopolitas, "parasitas" ou judeus - desses mesmos tiranos, na busca de bodes expiatórios para seus erros."
"De modo geral, o entusiasmo pela teoria comunista existia na proporção inversa da experiência prática do regime."
"E, apesar do fato de o desafio do comunismo estar no centro de debates e disputas ocorridas na Europa Ocidental, a experiência prática do "verdadeiro comunismo", situada a alguns quilômetros a leste, era alvo de pouca atenção e, por parte dos admiradores mais ardentes do comunismo, nenhuma atenção."
Trechos das páginas 214 e 215 do livro Pós-Guerra.
Qualquer semelhança com o Brasil do séc XXI não é mera coincidência. É a ignorância humana que assegura que erros serão permanentemente repetidos.
domingo, 5 de julho de 2009
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