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terça-feira, 28 de julho de 2009

A destruição civilizacional e Honduras

O objetivo principal da criação deste blog foi a forte percepção de que estamos, enquanto humanidade, avançando na inviabilização da continuidade da existência da civilização, pelo menos da civilização na forma que a conhecemos. Daí a razão do nome do blog - "O que estamos fazendo?".

Este nome permite duas abordagens - uma ativa e uma passivao. O que estamos fazendo? no sentido de que nossas ações conduzem a um futuro preocupante, e O que estamos fazendo? no sentido de que este processo de desconstrução social ocorre perante a apatia da maioria da população, sem reação.

Diversos fatores me indicam que estamos produzindo, enquanto humanidade, algo que não será bom:

- A ascensão econômica da China;
- A proliferação de armas nucleares;
- O esgotamento de recursos fósseis;
- O crescimento populacional;
- A escassez de água;
- O terrorismo islâmico;
- A democracia como algo "fora de moda";
- O populismo;
- O pensamento politicamente correto;
- O grau de ignorância média da população, somado ao fato de que ignorância está na moda;
- O consumismo;
- O avanço das esquerdas, com o renascimento de idéias que se imaginava sepultadas.

E poderia ir discorrendo fatores como estes até cansar o leitor.

O papel dos Estados Unidos, por sua relevância política, econômica e militar é um dos fatores decisivos na determinação da velocidade com que este processo destrutivo avança. Se a liderança dos EUA estiver mais preocupada em fazer o que precisa ser feito, e menos preocupada com as aparências policamente corretas, o processo será mais lento. Se agir ao contrário, apressa o processo.

Neste sentido, é assustadora (para quem pensa como eu) a eleição de Obama.

Primeiro porquê a disposição da população americana em eleger para presidente um produto de marketing desprovido de história demonstra o grau de desconstrução de valores que já atingiu aquele povo, aproximando-os de países como o Brasil, que também elegeu um produto de marketing para a presidência.

Segundo porquê Obama não deixa dúvida a que veio. Na américa latina está ao lado da revolução bolivariana, fornecendo carta branca a Chavez para fazer o que acha que precisa ter feito. No oriente médio está tentando se aproximar do Irã (não terá sucesso) e afastando o histórico aliado Israel, a única democracia naquela região.

Em todo este cenário de destruição de um lado e apatia do outro, é louvável o papel desempenhado pelo povo de Honduras. Contra tudo e contra todos (EUA e União Europeia inclusive) mandaram um recado alto e claro - "revolução bolivariana aqui não".

Que inveja deste pequeno país com um grande povo. Que admiração adquiri pelos hondurenhos nos últimos 30 dias.

Em qual outro país do nosso continente a população e as instituições se levantaram para dizer não ao bolivarianismo?

Enquanto o mundo assiste bovinamente ao processo de destruição civilizacional, o grande povo de Honduras é o único a manifestar algum tipo de reação.

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