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sexta-feira, 19 de março de 2010

Apanhei!

Apanhei na área de comentários do Coturno Noturno por ousar defender bilionários.

O Brasil é de uma mediocridade ímpar em todo o espectro ideológico. Mas à esquerda pretendem acabar com os ricos, ou colocá-los a seu serviço. No outro extremo aceitam ricos, mas desde que as fortunas não extrapolem limites considerados aceitáveis.

Se por um milagre o Brasil elegesse um presidente de direita, poderia constituir uma comissão multidiscipinar para determinar qual o limite tolerável para a riqueza.

A mediocridade está entranhada na noss formação cultural. Não é atoa que há não tanto tempo atrás o Brasil se orgulhava de possuir apenas 12 empresas registradas, como escreveu Jorge Caldeira no livro História do Brasil com Empreendedores.

Por aqui ainda estamos na fase anterior à discussão do óbvio. Precisamos ainda evoluir muito para chegar ao momento em que passaremos a discutir o óbvio. Enquanto isto, o mundo segue adiante.

O caso coreano (Coréia do Sul) é emblemático - arrasada pela guerra nos anos 50, era um país tão pobre que até a pior área no estádio do meu time, onde ficavam os mais pobres, era chamada de "coréia". Pois bem, a Coréia do Sul passou rapidamente pela fase do "pré-óbvio", avançou pela fase do "óbvio" e passou a implementar as ações necessárias. Neste meio tempo nós ficamos estacionados, estando nosso debate ainda congelado nos anos 40/50.

Hoje aquele diminuto país já possui algumas das maiores empresas do mundo e, segundo a wikipedia, tem 7 bilionários na lista da Fobes, enquanto que o "gigante" Brasil tem 18.

Se um dos direitistas que me bateu lá no Coturno fosse autoriadade na Coréia mandava enquadrar todos os 7 bilionários, e propunha a discussão do "papel do estado na economia". Em poucos tempo a Coréia regrediria aos anos 50.

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