E aí Galvão?

Na olimpíada de 2004 o Brasil ganhou ouro no vôlei masculino. Após a transmissão, Galvão Bueno entrou no clima “nunca antes na história desse país”, e começou a exaltar o governo do companheiro, sem citá-lo. Com lágrimas nos olhos, dizia: “o esporte, que sempre foi abandonado no Brasil, agora será política de estado”. Eu assistia e pensava – o que será que ele quer dizer com isto, que o Brasil vai se transformar numa grande Cuba onde o governo investe no esporte para mostrar nas competições a “superioridade” do comunismo, enquanto os não atletas morrem de fome em casa?

Agora, seis anos depois, sei a resposta – aquilo que Galvão falava não queria dizer nada mesmo, era só bajulação do “hômi”. Seis anos depois o esporte no Brasil segue como sempre foi – algum dinheiro no futebol, um pouco no vôlei, e o resto que se vire. Mas continuamos no clima “nunca antes...”.