O que é importante?
Todo o conjunto de valores que seria dado como resposta a esta questão há 40 anos atrás é visto como “bobagens” por quem vier a responder a esta mesma pergunta nos dias que vivemos.
Um jovem cidadão de hoje deverá responder (ou pensar) +/- assim:
- Conseguir o máximo de dinheiro com o mínimo de esforço possível;
- Ficar com o máximo de parceiros possível;
- Tomar todas;
- Adquirir artigos de grife, de preferência piratas;
- Levar vantagem sempre que possível.
Dever, honra, pátria, são valores que se quer passam pela cabeça dos nossos contemporâneos. Somos uma sociedade vazia e, portanto, vulnerável a todo tipo de ameaças.
Agora o governo Lula informou que vai devolver ao Paraguai o canhão El Cristiano.
Se fizerem uma pesquisa nas ruas, constatarão que a maioria da população não vê nada de errado em devolver o canhão, afinal - de que serve um “monte de ferro velho”?
No livro da história da minha família os homens que viveram à época da Guerra do Paraguai aparecem fardados nas fotos. Combateram, e alguns deixaram suas vidas por lá.
A captura deste canhão custou a vida de milhares de soldados brasileiros. Com isto, ele se transformou em um símbolo para nossos combatentes. E passou a fazer parte da nossa história.
Mas isto é algo que Lula e nossos contemporâneos sequer conseguem compreender, afinal na visão deles não passa de um idiota quem coloca sua cabeça para servir de alvo numa frente de batalha. Aliás, se uma potência invadisse o Brasil nos dias atuais nossos representantes e nossas elites correriam em direção ao invasor. Não para dar combate mas, sim, para disputar quem faz o acordo primeiro.
Para Lula a decisão de devolver o canhão depende apenas da resposta (sim ou não) aos seguintes quesitos:
1 – O Paraguai quer o canhão de volta?
2 – O presidente do Paraguai é companheiro do Foro de São Paulo (grupo de esquerda para implantação do comunismo na América Latina)?
Se a resposta for sim para as duas questões, como é, podem pôr o canhão no caminhão e mandar levar.
Nossas forças covardes, digo, armadas, a tudo assistem impassíveis. Afinal, a partir do momento em que um uniforme de general serve para vestir qualquer Jobim, deixa de representar um símbolo e se iguala a um pano de chão. As forças armadas, nesse caso, são o chão.
quinta-feira, 25 de março de 2010
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