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quinta-feira, 25 de março de 2010

O preço do caráter

Houve uma época, há não muito atrás, onde a convivência em sociedade exigia o caráter. Ou pelo menos a aparência do caráter.

Um conhecido, na faixa dos 80 anos de idade, comentou que na sua juventude o comércio funcionava basicamente na base da confiança, onde débitos e créditos eram anotados em uma caderneta. Se algum cidadão deixava de pagar o saldo da sua caderneta no prazo devido, a notícia corria pela cidade e aquele cidadão sequer saía de casa, com vergonha.

Mas o tempo passou, os valores mudaram, o PT surgiu, Lula chegou ao poder, de forma que atualmente vivemos uma situação praticamente oposta àquela. As relações comerciais se baseiam em contratos, garantias, ameaças retóricas, etc. Mesmo assim, nada é efetivamente garantido, afinal o judiciário está aí, à disposição, para declarar que contratos não valem. Quem cumpre seus compromissos é visto como um idiota pela sociedade.

Na sociedade moderna há um preço a se pagar pelo caráter: o lento afastamento dos familiares, um reduzido grupo de amigos, poucos convites, e trombadas nas relações profissionais.

Nos dias de hoje um indivíduo de caráter se sente como um homem pré-histórico que acordou de 20 mil anos de hibernação, dentro de um laboratório da Nasa. Olha para os lados e não entende nada.

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