Vejo na TV que Miriam Leitão recebeu prêmio de melhor comentarista de televisão, em votação popular.
Minha primeira reação é de espanto. A Miriam Leitão que conheço como comentarista não consegue encaixar dous idéias consecutivas sem engasgar no meio. Seus comentários são uma sucessão de engasgos. Na TV tem teleprompter, e mesmo assim ela se engasga. Quando o teleprompter falha, é um horror. No rádio é pior ainda.
Mas logo compreendi. Vivemos a era de bajulação máxima de celebridades, independentemente de conteúdo. Se Graziele Massafera faz uma aula de artes marciais, ela já é "samurai". Qualquer famoso que dá um passo de dança desajeitado será tratado assim: "fulano arrasa na pista". Qualquer participante do BBB passa do nada a ser "linda, maravilhosa, poderosa" no curto período em que dura sua fama.
Miriam Leitão é uma celebridade, e é julgada como tal. O público não está interessado no conteúdo de seus comentários.
Adriano (imperador) é uma celebridade. Por mais que bata na mulher, beba, não apareça nos treinos, não pode ser criticado. A crítica, quando feita, é bem leve, quase que pedindo desculpas ao "imperador" por estar criticando. Como agem com Lula. Lula, aliás, é o primeiro presidente celebridade. "Lindo, maravilhoso, poderoso, perfeito, cheiroso". Se conseguir transformar Dilma em celebridade, estará eleita.
terça-feira, 9 de março de 2010
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