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segunda-feira, 15 de março de 2010

O vigilante rodoviário

O brasileiro é um povo que ainda precisa ser estudado. Pelos livros existentes somos honestos e trabalhadores. Pelas minhaas observações de vida, somos malandros e preguiçosos, tanto que escolhemos nosso "melhor" exemplar para ocupar a presidência da república.

Alguém se importa com escândalo de corrupção? Não. Manifestações contra escândalos de Collor, Yeda ou Arruda são apenas ações de rua do PT e seus tentáculos. Tanto que desaparecem quando o escândalo envolve o próprio PT. Agora, manifestação popular legítima de insatisfação nunca se vê nenhuma. E por que isto? Acho que é porque a malandragem está tão impreganada em nosso DNA que olhamos para o corrupto desmascarado e reconhecemos um semelhante. Se estivéssemos no lugar dele, faríamos a mesma coisa.

Entre as minhas várias pirações está o gosto por tudo que é antigo. Tudo mesmo. Neste fim de semana eu assistia um episódio de Vigilante Rodiviário...sim, sei, é uma bobagem, mas é antigom, logo...

O episódio se passa em 1961. Naquela época palavra, honra, caráter, vergonha na cara, etc., ainda valima muito mais do que valem hoje. Pioramos muito nesses quase 50 anos.

Mesmo assim ... havia no episódio uma casa antiga, Casa do Bandeirante, para visitação pública. Nela trabalhavam o ainda jovem ator Milton Gonçalves e um menino de uns 6 anos de idade chamado Tuca. O Tuca era o cicerone do local, recebia os turistas e ia contanto a história. Ao final da visita recebia uma gorjeta. Nem determinado momento MIlton Gonçalves pergunta ao menino como está indo. O menino responde que é muita informação para decorar, que às vezes se atrapalha. O adulto Milton Gonçalves diz então: "ah, fala qualquer coisa, vai enrolando". E faz uma expressão facial que indica que o menino tem que ser malandro. Ou seja, Milton queria dizer: inventa qualquer coisa, os turistas não sabem nada mesmo, enrola eles e toma a grana dos otários.

Lula não é um fenômeno que surgiu do nada. Lula, o fenômeno, está em gestação desde que Cabral aportou por aqui.

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