- Alô presidente?
- Sim?
- Aqui é o reitor da universidade Pensamentuns Malandrus.
- Garanhuns?
- Não, Pensamentuns...
- Ah...
- Estamos ligando para informar que o senhor foi escolhido para receber o título de doutor honoris causa na nossa universidade.
- Oba, prêmio!
- Sim, com direito viagem, cobertura da imprensa, mamata e tudo.
- E qual o motivo para este prêmio?
- O nosso conselho universitário avaliou o seu governo e ficou muito bem impressionado com as suas realizações.
- De fato, nunca antes...
- O senhor conseguiu privatizar o país em benefício de alguns.
- Consegui?
- Sim, todos os companheiros estão bem acomodados em cargos públicos ou ONGs, onde trabalham pouco e ganham muito.
- Sou muito popular, tenho muito companheiro...
- Os grandes empresários nunca ganharam tanto dinheiro, os banqueiros riem à toa.
- Tudo amigo meu.
- A imprensa mama na publicidade estatal e os artistas mamam em patrocínio público. Nunca ganharam tanto dinheiro da vida, e passam o tempo elogiando vossa excelência.
- Eu gosto de artista puxando o meu saco.
- Só ficou de fora o povo otário que trabalha de sol a sol para pagar a conta.
- Alguém tem que trabalhar, não é? E que não seja eu...
- Mas o ponto decisivo para lhe conceder o prêmio foi o fato de que o povo otário, que banca a festa com o próprio suor lhe confere 80% de popularidade...
- É, às vezes nem eu acredito nisso...
- Então o senhor é o ídolo aqui da nossa instituição. Aliás, por falar em instituição, o senhor sabe como é, a coisa tá difícil, a verba tá curta, nós precisamos fazer umas reformas...
- Não precisa nem terminar de falar, fala com a Dilma, pede o dinheiro que precisar e diz que eu já aprovei.
- O senhor é muito generoso.
- É que não sai do meu bolso...
- O senhor é nosso ídolo, presidente.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
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