Entre as décadas de 1950 e 1980 "historiadores" marxistas reescreveram a história do Brasil sob o viés...marxista. Vem deste grupo tudo aquilo que hoje conhecemos como verdades históricas absolutas. Tais verdades são apenas ideologia travestida de história.
Interessante observar que este processo avançou incólume mesmo durante os 21 anos de regime militar.
O que os "historiadores" marxistas definiram como versão da história a ser difundida se converteu em pensamento politicamente correto, ou seja, praticamente inquestionável, pois em temos modernos só é permitido pensar dentro das fronteiras politicamente corretas pré-estabelecidas.
Estou lendo um livro bastante interessante, e que recomendo. A obra chama-se Guia Polliticamente Incorreto da História do Brasil, de Leandro Narloch. Abaixo, alguns pequenos trechos do livro (entre as aspas):
O comércio de escravos africanos era um tremendo negócio para ... africanos. As elites negras africanas financiavam seu poder com o dinheiro obtido pela venda de seus conterrâneos. Eram dependentes do tráfico de escravos, tanto que acompanhavam atentamente as questões políticas de nações "clientes":
"O comércio direto para o Brasil fazia nobres africanos se interessarem pela política interna do reino português. Em 1822, quando dom Pedro I deu o grito às margens do Ipiranga, o obá Osemwede, do Benin, e Ologum Ajan, de Lagos, foram os primeiros a reconhecer a independência do Brasil."
O movimento abolicionista iniciou na Inglaterra, e demorou muito, mas muito mesmo, para chegar na África. Na Mauritânia, por exemplo, a escravidão foi legal até 1980, no Sudão até 1950. No entanto:
"Em 2007 completaram-se duzentos anos da proibição do tráfico de escravos, a primeira vitória da campanha abolicionista da Inglaterra. Nenhum país da África ou movimento negro da América prestou homenagens ou agradecimentos aos ingleses."
Terapia de nações:
"Se pudéssemos fazer uma terapia de grupo entre países, surgiriam comportamentos reveladores durante as sessões. Haveria aquele país que mal notaria a existência dos outros, como a França, talvez os Estados Unidos. A Alemanha se seguraria calada, sofrendo de culpa, desconfortável consigo e com os colegas ao redor. Uma quarentona insone, em crise por não ser tão rica e atraente quanto no passado, representaria muito bem a Argentina. Claro que haveria também países menos problemáticos, como o Chile ou a Suíça, contentes com a sua pouca relevância. Não seria o caso do Brasil, paciente que sofreria de diversos males psicológicos. Bipolar, oscilaria entre considerações muito negativas e muito positivas sobre si próprio. Obcecado com sua identidade, em todas as sessões aborreceria os colegas perguntando "quem sou eu?", "que imagem eu devo passar?", "o que me diferencia de vocês?"."
Em relação ao trecho acima, discordo do autor quando este coloca França e estados Unidos na mesma categorria. Os Estados Unidos pagaram com centenas de milhares de vidas Americanas o preço da liberdade de outros países, inclusive da própria França.
O autor mostra que sempre que há ditadores populistas no Brasil, há artistas dispostos a puxar os ilustres sacos. Sobre o samba Ministério da Economia:
"Ministério da Economia, também de 1943, conta que as coisas melhoraram: "sua Excelência mostrou que é de fato, agora tudo vai ficar barato, agora o pobre já pode comer, até encher"."
"Sua Excelência", no caso acima, é Getúlio Vargas. O que me deixou em dúvida - até agora acreditava que os pobres só tinham começado a comer com a chegada de Lula ao poder...
Sobre a versão socialista da Guerra do Paraguai, difundida a partir do livro Genocídio Americano, de 1979:
"Poucos livros estavam tão alinhados com o espírito da época quanto Genocídio Americano. Enquanto a obra esgotava nas livrarias, a ditadura militar desmoronava e a esquerda brasileira crescia. Nos palanques do ABC, Lula se tornava uma personalidade nacional. a campanha das diretas já mostrava a força de uma nova opinião pública. Falar mal de militares era intelectualmente estimulante para os autores e um jeito fácil de ganhar popularidade. Nas escolas, professores de história e geografia ressaltavam verdades à esquerda que criariam a base do senso comum dos anos 2000. No fim de duas décadas, Genocídio Americano teve dezessete reimpressões e inspirou dez em cada dez livros didáticos."
Enfim, recomendo a leitura do livro. Meu exemplar adquiri na saraiva.com.
domingo, 3 de janeiro de 2010
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