Estou falando dos favoritos ao governo do Rio Grande do Sul, José Fogaça e Tarso Genro.
Tarso Genro dispensa comentários, é o “invotável”.
Escrevo sobre a trajetória de José Fogaça (sob o meu ponto de vista), que a acompanho desde os anos 70.
José Fogaça era um famoso professor de português em cursinho. Nunca tive aula com ele, mas conhecia a fama. Tão famoso que resolveu trocar as salas de aula pela política. Teve ascensão meteórica: deputado estadual em 1978, deputado federal em 1982, senador em 1986, novamente senador em 1994, um breve período sem mandato, prefeito de Porto Alegre em 2004, reeleito em 2008, e provável futuro governador do estado em 2010. Te cuida Lula em 2014...
O meu problema com Fogaça é que apesar de acompanhar sua carreira há mais de 30 anos, até hoje não conheço a sua realização. Não conheço nada que ele tenha realizado (o que não significa que não tenha realizado nada).
Para mim seus sucessivos mandatos foram grandes vazios. Talvez tão grandes que ele conseguiu até passar despercebido pela crítica, o que pode ter facilitado a conquista de novos mandatos. Praticamente não ouvi seu nome nos 16 anos em que ocupou cadeira no senado.
Entendo porque é o favorito das pesquisas. Os meus conterrâneos são campeões em eleger nulidades. Fizeram isto ao longo de toda a 2ª metade do século 20. Até durante o regime militar, onde os governadores não eram eleitos pelo povo, os gaúchos foram contemplados com nulidades. Não digo que fossem más pessoas. Eram apenas...nulidades.
De repente, por acidente, já que o objetivo real era apenas tirar Olivio Dutra do 2º turno da eleição de 2006, foi eleita Yeda Crusius e...surpresa, ela não é uma nulidade. É uma tremenda administradora, que rapidamente organizou as finanças esfarrapadas há décadas. Revolta no Rio Grande do Sul, gaúchos em polvorosa. Preparam-se as armas para A Revolução Farroupilha, parte 2. Administrar bem o estado é considerado uma ofensa pelos gaúchos. Tirem essa mulher daí. CPI, impeachment, chamem a RBS, o Ministério Público, a Luciana Genro, acabem com ela.
Não conseguiram tirá-la de lá. Terminará seu mandato. Mas os gaúchos não se dão por vencidos. Usarão o voto para fechar a porta para Yeda. E colocarão outra nulidade no seu lugar.
sábado, 2 de janeiro de 2010
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