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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O assassinato da história

Todos os dias os discursos de Lula vão, pouco a pouco, reescrevendo a história nacional.

Seja sobre escândalos, sobre quem fez o que, quem é bom e quem é mau, seja sobre qualquer assunto da vida nacional, as besteiras faladas por lula imediatamente manda a história real para debaixo do tapete e ocupam seu lugar. Perante o silêncio de todos que poderia e/ou deveriam gritar.

Lula faz em discursos de minutos aquilo que, antes dele, os historiadores precisavam de décadas de pesquisas para fazer – a narração da história.

Este crime de lesa verdade, cometido de maneira permanente, dia após dia, nos deixou órfãos de história e reféns da versão contada por Lula.

Este crime vai muito além da questão das eleições de 2010. Ele tem o potencial de aniquilar qualquer oposição futura, se houver alguma posição. Sim, porque agora o debate não se dará mais dentro dos fatos da história nacional, mas sim dentro da versão plantada pelo PT. E, como criadores da história, eles já entram nas disputas em vantagem.

Em alguns regimes comunistas, como China e Camboja, as pessoas com instrução e cultura foram simplesmente assassinadas. Aqueles que conseguiram sobreviver precisaram se disfarçar de ignorantes.

AINDA não chegamos ao comunismo no Brasil, mas o extermínio do conhecimento já foi feito. O assassinato da história já foi realizado. Só falta agora exterminar as pessoas que ainda detêm algum conhecimento. Sim, o conhecimento foi exterminado. De que adianta eu conhecer a história, conhecer os fatos? Se eu ousar externar algo que vá contra a versão de Lula, serei ignorado ou desacreditado e, pior, correrei até o risco de apanhar na rua.

Adianta, por exemplo, eu berrar a plenos pulmões que FHC controlou a inflação? Lula já disse que foi ele e pronto. Assim passará à história.

Já experimentei dentro da própria família a inutilidade da tentativa de argumentar. Meu pai, histórico UDNista, teve oportunidade de estudar, mas preferiu permanecer ignorante e dedicar seu tempo às mulheres. Arrependido do que fez consigo mesmo, sempre teve preocupação com que seus filhos estudassem e adquirissem conhecimento. Todos cumpriram seu desejo. Agora, aos 91 anos de idade, perfeitamente lúcido, mas com a cabeça lavada pelo discurso da Rede Bolivariana do Sul (RBS), rejeita qualquer opinião minha que seja contrária às bases estabelecidas pelo PT. E rejeita sorrindo, como se tivesse piedade pela minha ignorância...

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