Minha avó reside num edifício com 40 apartamentos.
Cerca de 5 anos atrás o condomínio se encontrava sob a gestão de uma das moradoras (síndica), e ela resolveu iniciar uma série de obras.
Um das moradoras, uma idosa argentina, estava com dificuldades financeiras para pagar o condomínio, e foi investigar as obras. Não sei como, ela conseguiu o orçamento original que havia sido apresentado pela empreiteira. O orçamento original correspondia a 50% do valor do contrato assinado com o condomínio, ou seja, os outros 50% eram superfaturamento para a síndica.
Foi convocada uma reunião de condôminos para a síndica se explicar, mas antes da realização da reunião ela renunciou ao cargo (e não apresentou explicação nenhuma).
Na época ouviu-se de um dos moradores um discurso que prenunciava o "Brasil novo" de Lula - "ela rouba mas faz", ao que os demais moradores responderam - "não dá para fazer sem roubar?".
Passados 5 anos, quem é a atual síndica, eleita pelos moradores com ampla maioria? A mesma.
No condomínio, ninguém mais lembra do acontecido, e se alguém lembra, não dá importância.
Um verdadeiro microcosmo do que se transformou o Brasil.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
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