Dia desses Augusto Nunes entrevistou uma beneficiária do bolsa família, para ter uma idéia do que pensam. Entre várias observações, ela disse o seguinte: "não sei quem é Dilma Russef, mas se Lula pedir, ela já tem 4 votos lá em casa".
Isto porque havia ouvido boatos de que se Lula não eleger o sucessor o bolsa familia será descontinuado.
Estratégicamente, o raciocínio dela está equivocado, pois assistencialismo condena ela, e suas gerações futuras, a viverem na miséria.
Mas do ponto de vista de sobrevivência imediata, o raciocínio está perfeito. Há uma ameaça direta (imaginada), então a forma de reagir é votar em quem Lula mandar.
Este tipo de raciocínio (de sobrevivência) que não existe na cabeça dos ricos e empresários. Vivem a financiar campanhas eleitorais de sujeitos que irão:
- Fazer proselitismo sobre a questão pobres X ricos;
- Aumentar impostos;
- Aumentar a burocracia que sufoca a operação das empresas;
- Mudar índices de produtividade rural para transformar propriedades produtivas em improdutivas.
A beneficiária do bolsa família consegue ter uma raciocínio elementar - se percebe uma ameaça, vota para se proteger da ameaça. Já empresários e ricos agem diferente - se percebem uma ameaça, financiam a eleição da ameaça. Raciocíno elementar está além da capacidade de ricos e empresários.
O capitalismo está sob ataque permanente nos flancos ideológico, tributário e regulatório.
Mas não faltará dinheiro na campanha dos políticos em 2010.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
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