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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Disse que não voltaria ao assunto

No sábado eu disse que não retornaria à minha polêmica sobre a greve dos bancários. Mas acabo de receber um comentário da na minha "não-leitora" bancária, que me obriga a retornar ao tema. Abaixo, o comentário:

"* SÓ PRA FINALIZAR, NÃO QUERO COMENTÁRIOS SOBRE MEU COMENTÁRIO.Caro blogueiro, primeiramente informo que não sou leitora do seu blog, apenas li esse post , pois me surgiu em meio as notícias da greve. Provavelmente somos de gerações diferentes, tenho apenas 25 anos, 6 deles trabalhando em um banco. E trabalho neste banco, porque quero, prestei concurso, passei, consegui um bom cargo lá dentro, e mesmo assim, isso não me tira o direito de fazer greve. Tudo que consegui foi na luta, já estou fazendo minha segunda faculdade, tenho pós-graduação, falo inglês fluente, tenho meus projetos e trabalhos paralelos ao banco, não sou acomodada, estou correndo atrás do quero e do que acho justo. Já trabalhei em uma multinacional que pagava muito mal, hoje em dia é assim: os jovens estão super preparados e as empresas podem escolher, logo elas pagam o salário que querem. Respeito sua opinião, porém ainda acho de extremo mau gosto postar esse tipo de opinião em um blog, pois ela é ofensiva. Como não dá pra ensinar macaco velho a pensar diferente, informo que tenho um blog, mas com certeza o conteúdo não irá te interessar, visto a discrepância entre minhas opiniões e as suas. Desculpe por tomar seu precioso tempo e tenha uma boa vida. "

Alguns comentários meus:

1) Ele inicia dizendo "não quero comentários sobre o meu comentário". Ou seja, se sente no direito de dar ordens no meu blog;

2) Ela achou que a minha opinião sobre a greve dos bancários foi ofensiva. O processo de formação de ditadura que atravessam o Brasil e o mundo é assim - opinião divergente vira "ofensa", ou seja, só é permitido pensar dentro das fronteiras pré-estabelecidas por alguém para o pensamento.

É terrível que alguém de 25 anos pense assim, afinal, os jovens deveriam ser guardiães da liberdade que as gerações anteriores conquistaram com tanto sacrifício. Com gente de 25 anos pensando assim, o futuro da liberdade de pensamento é sombrio.

Para finalizar, hoje passei em frente a uma agência do HSBC, e tinha uma faixa que dizia mais ou menos assim: "sou assim, trabalho no HSBC do Brasil e não sou feliz". Que eu saiba, a escravidão no Brasil acabou em 1888. Se é infeliz no HSBC, não fique destruindo a sua vida. Procure outra empresa para trabalhar.

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