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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Fazendeiros bocós

Hoje fiquei meio fora do ar dos acontecimentos. De manhã, viajei de carro para São Paulo, e à tarde fiquei em reuniões.

Mas antes de sair da minha cidade ouvi no rádio do carro a seguinte manchete: "bancada ruralista no congresso fica irritada com a afirmação de Lula de que vai assinar a portaria que facilita as desapropriações".

Deve estar se referindo ao aumento dos índices de produtividade para que as propriedades sejam consideradas produtivas.

Eu acho bem feito para os fazendeiros. Não bastasse terem sempre se acovardado perante o MST, tem um monte de fazendeiro que apoiou e apóia Lula. Cito como exemplo o maior fazendeiro do Brasil - Blairo Maggi, que durante a eleição de 2006 criou uma dissidência em seu partido, PPS, só para ficar ao lado de Lula.

Esses empresários rurais raciocinam pelo sua lógica de comerciantes. Não compreendem a lógica do inimigo. Pensam - "se a gente puxar o saco de Lula a gente mantém ele sob controle", ou "basta destinar alguns milhões para a campanha dele, que a gente mantém "o cara" sob controle".

Tolos. Só quem mantem Lula sob controle é o Foro de São Paulo. Como escrevi ontem, na última reunião do Foro, realizada em agosto, um dos itens aprovados foi o seguinte: "aprofundar as mudanças estruturais em cada um de nossos países". O que vocês acham que o Foro quer dizer com "mudanças estruturais"? Observem que já se referem aos páíses como "nossos".

Lula, que ainda titubeava em relação aos tais índices de produtividade, correu para dar satisfação ao Foro.

Seus fazendeiros bocós, para entenderem como Lula e o pessoal do PT raciocinam, vou citar algumas frases do livro Sashenka, de Simon Montefiore:

"Nós, membros do partido, somos devotos de uma ordem militar-religiosa".

"Devemos lealdade ao partido e ao santo graal da Idéia, não ao sentimentalismo burgês."

"Pelo partido, eu faço qualquer coisa. Eu tenho feito qualquer coisa. Sim, eu sei o que é quebrar um homem. Alguns se quebraram como palitos de fósforo, outros preferem morrer a dizer uma palavra. Mas é melhor fuzilar cem homens inocentes que deixar um espião escapar. É melhor fuzilar mil."

O que Lula, e seu sucessor do Foro de São Paulo, farão com o campo é apenas a primeira etapa de um processo. E é a primeira etapa porque, de uma certa forma, os idiotas urbanos, que acreditam que comida brota na prateleira do supermercado, acham que fazendeiro é gente do mal, que tem mais é que perder a terra. Então, não haverá resistência urbana ao que farão no campo.

A etapa seguinte terá como alvo o dinheiro das aplicações financeiras, que financiam a dívida interna do país. Anotem aí, depois me cobrem.

Depois virá a nacionalização dos bancos, reestatização de empresas, nacionalização de grandes conglomerados.

Até o dia em que teremos que pedir autorização ao governo para morar em nossas próprias casas.

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