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domingo, 22 de fevereiro de 2009

Atingi 100 textos antes de Lula atingir 100% de popularidade!

Este é o centésimo texto postado neste blog, que possui cerca de 50 dias de vida.

Volto a falar sobre a popularidade de Lula. Não tenho dúvida que pelo menos metade da população Brasileira simpatiza com ele, ou é grata pelo bolso família, ou é esquerdista e quer ver o “cumpanhero” se perpetuar no poder.

Não tenho dúvida, e já escrevi isto, que o Presidente Lula é um personagem de ficção, para consumo eleitoral, e como tal é avaliado, ou seja, sua avaliação independe do que acontece, ou deixa de acontecer, no governo do país.

Mas acima de 50% já começo a ficar com o pé atrás.

As pessoas parecem esquecer que ainda ontem, final de 2006, houve eleição presidencial. E que de um eleitorado total de 125.413.979 eleitores Lula fez 58.295.042 votos. Ou seja, 46,3% do eleitorado apto a votar, votou em Lula.

Mas aí vêm as pesquisas CNT/Sensus, divulgadas mensalmente, e revelam que a popularidade de Lula só faz crescer. Na última divulgada estava em 84%, e, neste ritmo, ultrapassará 100% até o fim do mandato de Lula, feito que nem Sadam Hussein conseguiu no Iraque, pois sua popularidade estacionou em 100%.

As pesquisas adquiriram uma aura de infalibilidade. Amigos meus, que querem muito ver outro partido ganhar a eleição de 2010, dizem “não podemos questionar as pesquisas”.

Ora, vivemos num mundo onde podemos questionar tudo: podemos questionar a existência de Deus, podemos questionar a autoridade dos pais, podemos questionar as regras de convívio social. Mas não podemos questionar pesquisas.

O que fizeram as pesquisas para obter esta aura de infalibilidade? Respondo – não fizeram nada. Deve ser a voz grave de Wiliam Bonner anunciando as pesquisas que confere a tal aura de infalibilidade....se ele anunciar um sabão em pó, todos sairão comprando com a certeza de que aquela marca lavará mais branco....

Não realizei pesquisa para escrever este post, mas tenho certeza que se pesquisar um pouco no Google encontrarei listas de casos como os que comento abaixo:

- 1º turno da eleição para governador do Rio Grande do Sul em 2006. Yeda Crusius era a terceira colocada nas pesquisas e, surpresa, foi a primeira nas urnas.

- 2º turno da eleição para governador do Paraná em 2006. A cada pesquisa divulgada crescia a distância de Roberto Requião sobre Osmar Dias. Seria um massacre. Eleitores de Osmar Dias, desanimados, deixaram de votar e foram para a praia. Resultado: Requião ganhou, mas por apenas 10.000 votos de diferença, o que não é nada no universo estatístico. Se os eleitores de Osmar Dias não tivessem ido para a praia, acreditando nas pesquisas, ele seria o governador do estado.

Casos assim se contam aos montes. Os diretores dos institutos de pesquisas sempre têm à mão todas as explicações para estes fiascos, mas o principal fator que joga a favor deles é a memória da população. Uma semana depois da eleição ninguém mais lembra disto, e logo todos acreditam fielmente no que dizem as pesquisas.

Lembro de um caso, e parece que só eu lembro disto, que até hoje me causa estranheza (só a mim): na última pesquisa para presidente da república divulgada em dezembro de 2005 serra aparecia 12 pontos percentuais à frente de Lula num eventual segundo turno. Era o fim do ano do escândalo do mensalão. Seria uma barbada. Começa 2006 e na primeira pesquisa do ano Lula já aparece à frente e, daí por diante, sua diferença só faz crescer. O que ocorreu nos 30 dias de feriados e férias para fazer uma parcela tão significativa da população mudar a opinião a respeito de Lula e mudar a intenção de voto? Nada.

Só um louco como eu para imaginar que poderia ter havido algum acordo entre os principais institutos de pesquisa e o PT para turbinar a campanha de reeleição de Lula. E não há dúvida que pesquisas são um fator de indução de votos.

Voltemos à popularidade de Lula:

Não vou entrar no mérito, vou apenas relatar fatos – ao chegar ao poder Lula montou o maior esquema de corrupção da história deste país, o mensalão. O esquema possuía um operador principal – Marcos Valério.

Marcos Valério era empresário, e possuía um sócio – Clésio Andrade.

Clésio Andrade é presidente da CNT, entidade que mensalmente divulga a pesquisa CNT/Census turbinando a popularidade de Lula.

Sem entrar no mérito da qualidade das pesquisas, vamos apenas mudar a situação um pouco:

Imaginemos que FHC tivesse montado um mega esquema de corrupção em seu primeiro mandato. Que este esquema tivesse um operador principal. Que este operador tivesse um sócio. Que este sócio fosse presidente de uma entidade. E que esta entidade divulgasse pesquisa mensal onde a popularidade de FHC só crescesse. Mesmo que a pesquisa fosse correta, o PT aceitaria bovinamente seus resultados? Ou tomaria as emissoras e as ruas para denunciar a “manipulação de pesquisas com ituito de manter os representantes do neo-liberalismo no poder”? E rapidinho a tal pesquisa estaria desmoralizada.

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