Nos anos 70 duas importantes redes de emissoras de televisão foram à bancarrota, a Excelsior e a Tupi.
O governo, militar à época, iniciou o processo para escolha dos dois novos concessionários, para ocupar este espaço. Concorreram a família Bloch (Manchete), Silvio Santos, ou Senor Abravanel, o Jornal do Brasil e a Editora Abril.
O livro Os Irmãos Karamabloch, de Arnaldo Bloch, tráz o seguinte trecho na página 261:
"... em agosto de 1981, o Ministério das Comunicações, sob o comando de Haroldo Correa de Mattos, anunciou os vencedores da concorrência: o editor e gráfico Adolpho Bloch e o apresentador Silvio Santos eram os novos concessionários do limitado clube dos aptos a explorar o espaço da tevê Brasileira. Dos concorrentes derrotados, o Jornal do Brasil, ainda forte, publicara, às vésperas do resultado, a reportagem "Dona Dulce vai às compras", que muito irritara a primeira-dama. Vinha também de uma série de grande sucesso que desbaratara a farsa do atentado no Riocentro, meses antes, desmoralizando o general Figueiredo, que tentou abafar o crime cometido pela linha dura, que não aceitava o processo de redemocratização em curso. O outro concorrente era o Grupo Abril, dos Civita, editores de Veja, por demais poderosos e independentes para levar o troféu."
Vejamos,
O Grupo Bloch era editor da revista Manchete. Como o próprio livro demonstra, em meados de março de 1964 a Manchete era totalmente pró Jango. Já no final do mês, era totalmente pró militares. Assim era a Manchete - "se hay govierno, soy a favor". Foi agraciada com um canal de televisão, que acabou significando a sua ruína financeira, e falência.
Silvio Santos, ou Senor Abravanel, é o empresário que hoje compra espaço em revistas com o propósito exclusivo de puxar o saco de Lula. Também foi julgado como possuindo o perfil adequado, e recebeu seu canal de televisão - o SBT.
O Jornal do Brasil, pelo que vai acima, irritou o governo com duas reportagens, e perdeu a parada.
Já a Editora Abril, e este é o aspecto importante to trecho acima, foi julgada "independente demais" para ter acesso a um canal de televisão. Grande Editora Abril. Lutou pela redemocratização, e hoje é praticamente o único representante da imprensa que ainda se mantém independente do lulismo. A Editora Abril é um orgulho do Brasil.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
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