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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Sem lei, é a selvageria

Parece que Alexandre Garcia anda lendo o meu blog. O que ele comentou no Bom Dia Brasil de hoje é muito similar ao que tenho escrito aqui, tanto no aspecto em que falo que utilizar o boné do MST significa ter um salvo conduto para cometer crimes, assim como quando afirmo que o que chamam de "progressismo" não passa de um retorno à barbárie, retorno a um estágio primordial de selvageria, do qual a humanidade lutou milênios para sair. E a transposição da barbárie para a vida civilizada implicou a criação de leis, e o respeito a elas.

Neste sentido o Brasil vive um momento histórico, uma encruzilhada, um daqueles momentos cuja escolha irá determinar o futuro da nação por muito tempo. Nós, sociedade, teremos que decidir:

- Se o MST de fato está acima da lei, ou se também está submetido à lei, como todos os demais cidadãos Brasileiros, exceto um. Se a sociedade decidir, por ação ou inação, que o MST, e outros afins, estão acima da lei, toda a estrutura de segurança jurídica que sustenta a vida em sociedade estará em xeque.

- Acima falei "à exceção de um". Pois é, a sociedade também deverá decidir, por ação ou inação, se a lei Brasileira se aplica, ou não, a Lula. Por exemplo, se a lei eleitoral vale também para Lula, ou se só vale para os demais candidatos. Se decidir que Lula também está acima da lei, será difícil convencer os demais cidadãos de que obedecer a lei é necessário no processo civilizatório.

Os dois caminhos que se apontam nas escolhas acima são bastante claros: se a lei vale para todos, poderemos ter esperança de seguir no processo civilizatório; já se a lei não valer para alguns, será a formalização da nossa escolha, como sociedade, pelo caminho do retorno ao estado primordial.

Se decidirmos, como sociedade, que a lei não vale para alguns, antropólogos no futuro (muito, muito distante) escreverão como o governo Lula, tendo as instituições e a sociedade como cúmplices, foi o ponto de partida para a desconstrução da sociedade civilizada, com todas os retrocessos que isto implica.

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