Leio agora na internet que sem-terras de São Paulo promovem o "carnaval vermelho", com invasões em série.
Já estamos acostumados com este filme. Invadirão, destruirão, haverá reintegração de posse (porquê é São Paulo), e nada acontecerá aos criminosos. Partirão impunes para novas invasões, abastecidos com verba pública do governo federal (o nosso dinheiro, para quem não entendeu).
Qualquer pessoa com um mínimo de raciocínio já entendeu que estes baderneiros (sua lideranças) não querem reforma agrária porcaria nenhuma. Querem é impor o "seu" socialismo ao país, e para isto contam com o dinheiro, a simpatia e a garantia de não haver punições do governo federal.
Mas mesmo que pretendessem a tal reforma agrária, que não pretendem, estariam na contra-mão da história.
Em todos os países, repito - todos, onde houve coletivização da terra houve epidemias de fome de proporções avassaladoras.
Ah, mas não querem coletivização, querem ser pequenos proprietários.
De fato a história do Brasil é a história do latifúndio. E acho que historicamente isto foi concentrador de renda, e prejudicial ao nosso desenvolvimento econômico. Países que tiveram no passado uma maior quantidade de pequenas propriedades se desenvolveram melhor economicamente, e cito os Estados Unidos e os países da Europa como exemplos.
Mas os tempos mudaram. O planeta não cresce, mas a população não para de crescer. A pressão na demanda por comida para alimentar cada vez mais gente é absurda, e a mesma quantidade de terra tem que produzir esta comida toda. Nós, que vivemos em cidades, acreditamos que a comida vem do supermercado. Não imaginamos o esforço de produção que há por trás disso, para que possamos ir ao supermercado e encontrar comida na prateleira. As pessoas da cidade não dão o mínimo valor aos produtores do campo, e muitos são até simpatizantes dos sem-terra (até o dia em que surgirem os sem-apartamento para tomarem suas residências...).
A única forma de fazer frente à demanda colossal por comida é a combinação entre produção em larga escala, tecnologia de ponta, produtividade e investimentos maciços. E isto só se viabiliza em grandes propriedades.
Não tem como abastecer o mundo de comida com a visão idílica dos esquerdistas - uma família de agricultores, de enxada na mão. Este tempo já passou.
Mesmo nos países que optaram pelo modelo de pequenas propriedades, que, entendo, foi o mais correto no passado, a situação já chegou ao seguinte ponto: ou as pequenas propriedades estão se transformando em grandes propriedades, ou as pequenas propriedades, totalmente improdutivas, só se mantêm às custas de pesados subsídios dos governos de seus países.
Não tenho dúvida de que se esta história de sem-terra prosperar definitivamente no Brasil, e algum louco resolver liquidar as grandes propriedades rurais, nós, da cidade, vamos nos matar entre nós mesmo por comida, retrocedendo ao estado mais primordial da barbárie. Talvez consigamos até retroceder ao canibalismo.
Isto que é "progressismo".
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
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