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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Simplicidade voluntária

Já citei o movimento de simplicidade voluntária em outro texto, e outro dia escrevi em texto que trocamos a felicidade por consumismo.

Importante ressaltar que o movimento de simplicidade voluntária nada tem a ver com “pensamento” esquerdista, por uma simples razão – a palavra “voluntária”. No território esquerdista não existe ação voluntária, existe apenas o que o líder, o partido ou o sindicato autorizam ou mandam fazer.

O movimento de simplicidade voluntária visa quebrar a relação ilusória entre felicidade e consumo, e resgatar valores essenciais, atitudes, que efetivamente podem nos fazer mais felizes.

Décadas de ações inteligentes de marketing condicionaram nosso cérebro a vincular nossa felicidade a consumo e, consequentemente, nos levar a consumir mais do que o necessário – o consumismo.

Só somos felizes se tivermos o celular mais moderno, o computador mais potente, a roupa de grife ou o carrão importado.

Nada mais falso.

Consumo não trás felicidade. Primeiro porquê a “felicidade” proporcionada pelo consumo é efêmera, dura alguns segundos, minutos, ou dias no máximo. É como a falsa sensação de felicidade provocada pela droga. Logo teremos que consumir de novo para continuarmos “felizes”. Segundo porquê SEMPRE haverá um celular mais moderno do que o nosso, um computador mais potente, um novo lançamento da grife, ou um carrão mais moderno e bacana. Então, é como a cena do coelho que corre atrás da cenourinha, mas nunca alcança.

O resultado desta falsa ilusão é uma humanidade, e uma juventude, cada vez mais vazia, cada vez mais oca, e um mundo mais imbecilizado e desprovido de felicidade.

Hoje pela manhã vi que diversos jovens de classe média estão virando traficantes de droga, para poder comprar as coisas que desejam e que, acreditam, trarão a sua felicidade. Outros, em universidades, se brutalizam cada vez mais em trotes selvagens para obterem alguns minutos de falsa alegria.

A felicidade verdadeira está nas coisas que não damos mais valor: qualidade de vida (vida saudável), natureza, relação familiar, convívio saudável com amigos. São coisas que, na maioria das vezes, não custam dinheiro, ou custam pouco. E podem dar sentido à nossa vida e nos fazer verdadeiramente felizes.

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