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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Governar ficou fácil

A arte de governar se transformou na arte de fazer promessas vazias, com respaldo da imprensa. Não me recordo a última vez que vi no noticiário político algo como "Fulano FEZ tal coisa". Acho que a última vez que li algo assim foi em relação ao equilíbrio de contas públicas que Yeda obteve no Rio Grande.

O noticiário político se resume basicamente a "Fulano anuncia" ou "Fulano promete". Nunca antes na história deste país foi tão fácil governar. Basta anunciar, a imprensa faz o carnaval, e o cidadão otário fica com a sensação de que algo realmente está sendo feito. É assim que Lula se transformou no maior governante da história da galáxia. Um personagme de ficção, chefiando um governo de ficcção, que só existe na tela das TVs companheiras e nas páginas dos jornais isentistas.

Lula anunciou no começo de 2007: "Criamos o PAC e vamos investir R$500 bilhões". A imprensa acreditou. Deste então convivemos diariamente com notícias sobre o PAC. Já virou da família...Neste meio tempo, além do PAC não migrar da ficção para a realidade, Lula já dobrou a parada: "R$500 bilhão é pouco, vamo investi R$1 trilhão."

Minha casa minha vida: bastou o governo anunciar mais este programa e pronto, a imprensa se encarregou de transmitir a sensação de que as casas estavam prontas, que poderiam ser ocupadas a partir do dia seguinte.

Leio agora no site da Veja que Lula acaba de anunciar que vai investir R$280 bilhões na contenção das emissões de carbono no Brasil. Deve ser mais que Estados Unidos e China planejam gastar (juntos). Lula, é óbvio, não tem nem idéia do que está dizendo. Está apenas lendo algo que alguém escreveu para ele ler. Lula não sabe sequer o que é carbono. Mas as manchetes dos próximos dias já estão garantidas: "Lula anuncia na ONU que Brasil será o país que mais investirá no mundo contra o aquecimento global." Pronto, já temos a copa, a olimpíada, e agora temos o maior investimendo do mundo. Se fossem cumpridas as promessas, o PAC, o investimento ambiental, o minha casa minha vida, a copa e a olimpíada deveriam custar, juntos, uns dois ou três brasis..

E o povão pensa: "nunca antes na história deste país".

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